Já sinto saudades do tempo em que diziamos: “Vamos lá fora apanhar ar!”
Hoje em dia, devido à Lei do Tabaco mais vale dizermos: “Vamos lá fora apanhar um enfizema ou cancro do pulmão!” Os passeios foram substituidos por beatas e sempre que vejo um pouco de calçada portuguesa cai-me uma lágrima de nostalgia.
Num país onde quase sai mais barato ser-se toxicodepedente do que fumador resta-nos contornar os agora “infames” fumadores de rua que, para fumar um cigarro de Inverno têm de comprar um maço e 2 caixas de Cêgripe. Nunca pensei que houvessem tantos fumadores.. Andavam escondidos em salas interiores, back offices e cafés.. Agora são obrigados a assumir-se e trazer para a rua os seus problemas. O fumador é quase um homossexual oprimido que foi forçado a sair do armário ao pontapé todo nú e no meio de uma chuva diluviana. É vê-los a fumar como se não quisessem ser reconhecidos e a esconderem-se em salas de chuto especiais para eles.. Nos aeroportos é vê-los nas lojas Dutty Free como miudos na EuroDisney mas em vez de serem crianças em desespero para andar no slide do Shrek ou tirar uma foto com o Donald são adultos com os olhos a brilhar por puderem comprar tabaco sem imposto e em quantidades anormais que lhes vai trazer muitas horas de prazer e acelarar o processo de enviuvar o(a) esposo(a). Mas pensando bem, fumar acaba por ser algo muito útil.. Qualquer coisa que nos seja exigida desaparece quando dizemos: “Vou ter de ir lá fora fumar..” e pronto.. Tudo pára.. Tudo é esquecido. Todos os fumadores falam da sua sempre enorme vontade de desistir mas (quase) nunca conseguem.. Utilizam a já célebre frase: “Vocês não sabem o que custa desistir..” Acontece que por volta dos 60 anos eles são confrontados com o facto de ou desistem ou morrem e aí já não lhes custa nada, é como se nunca tivessem fumado um único cigarro na vida e tornam-se grandes activistas contra a industria tabágica. Fazem me lembrar aqueles velhotes que tão se sempre a queixar que não se conseguem mexer por causa do reumático mas se ganham um jogo de sueca até fazem sapateado.
Hoje em dia, devido à Lei do Tabaco mais vale dizermos: “Vamos lá fora apanhar um enfizema ou cancro do pulmão!” Os passeios foram substituidos por beatas e sempre que vejo um pouco de calçada portuguesa cai-me uma lágrima de nostalgia.
Num país onde quase sai mais barato ser-se toxicodepedente do que fumador resta-nos contornar os agora “infames” fumadores de rua que, para fumar um cigarro de Inverno têm de comprar um maço e 2 caixas de Cêgripe. Nunca pensei que houvessem tantos fumadores.. Andavam escondidos em salas interiores, back offices e cafés.. Agora são obrigados a assumir-se e trazer para a rua os seus problemas. O fumador é quase um homossexual oprimido que foi forçado a sair do armário ao pontapé todo nú e no meio de uma chuva diluviana. É vê-los a fumar como se não quisessem ser reconhecidos e a esconderem-se em salas de chuto especiais para eles.. Nos aeroportos é vê-los nas lojas Dutty Free como miudos na EuroDisney mas em vez de serem crianças em desespero para andar no slide do Shrek ou tirar uma foto com o Donald são adultos com os olhos a brilhar por puderem comprar tabaco sem imposto e em quantidades anormais que lhes vai trazer muitas horas de prazer e acelarar o processo de enviuvar o(a) esposo(a). Mas pensando bem, fumar acaba por ser algo muito útil.. Qualquer coisa que nos seja exigida desaparece quando dizemos: “Vou ter de ir lá fora fumar..” e pronto.. Tudo pára.. Tudo é esquecido. Todos os fumadores falam da sua sempre enorme vontade de desistir mas (quase) nunca conseguem.. Utilizam a já célebre frase: “Vocês não sabem o que custa desistir..” Acontece que por volta dos 60 anos eles são confrontados com o facto de ou desistem ou morrem e aí já não lhes custa nada, é como se nunca tivessem fumado um único cigarro na vida e tornam-se grandes activistas contra a industria tabágica. Fazem me lembrar aqueles velhotes que tão se sempre a queixar que não se conseguem mexer por causa do reumático mas se ganham um jogo de sueca até fazem sapateado.
