Há muita coisa que nos assusta: o saldo da conta bancária, um pedido de reunião no emprego para discutir a nossa situação, o facto da namorada dizer: "hoje cozinho eu.." mas nada nos assusta mais do que um muçulmano de mochila. O coração parece que pára e começamos a pensar no que ficou por fazer na nossa vida: Não fui à Austrália, não convidei a Susana para jantar, não disse as vezes suficientes ao meu filho que o Carvalhal é mau treinador..
O coitado do muçulmano até pode levar na mochila a solução para acabar com a fome em África, ou a cura para o cancro mas nós vamos sempre pensar que mais minuto, menos minuto, a nossa cabeça vai estar em Entrecampos, o corpo na Calçada da Ajuda enquanto os braços sobrevoam o túnel do Marquês. E aí, somos invadidos por uma vaga de desejo: quem me dera que fosse muita gente ao meu funeral, quem me dera ter apagado os mails pornográficos, mas sobretudo, quem me dera que o meu braço quando sobrevoar o Marquês levante o dedo do meio a um taxista..
P.S. - Por favor deixem de me mandar mensagens a perguntar se senti o tremor de terra hoje.
O coitado do muçulmano até pode levar na mochila a solução para acabar com a fome em África, ou a cura para o cancro mas nós vamos sempre pensar que mais minuto, menos minuto, a nossa cabeça vai estar em Entrecampos, o corpo na Calçada da Ajuda enquanto os braços sobrevoam o túnel do Marquês. E aí, somos invadidos por uma vaga de desejo: quem me dera que fosse muita gente ao meu funeral, quem me dera ter apagado os mails pornográficos, mas sobretudo, quem me dera que o meu braço quando sobrevoar o Marquês levante o dedo do meio a um taxista..
P.S. - Por favor deixem de me mandar mensagens a perguntar se senti o tremor de terra hoje.
Ahaha brutalissima a parte da mão a voar com o dedo do meio estendido para um taxista. Continua meu animal que coisas destas fazem bem ao espirito. Abraço
essa parte é para o nando