O meu é maior que o teu...

Já lá vai o tempo (ou não...) em que a masculinidade era medida através do tamanho do orgão sexual. "O meu é maior que o teu" é uma frase que remonta precisamente à mesma altura em que as mulheres criaram o também já mítico "Hoje não.. Dói-me a cabeça.."
Se o sentido dado pelas mulheres a essa frase de culto ainda hoje tem o mesmo sentido, já a frase máscula "O meu é maior que o teu" sofreu uma profunda alteração. Hoje em dia não se refere ao órgão sexual mas sim, ao subsidio de desemprego.
Vivemos num país onde o governo promete 150.000 empregos mas onde não há sequer 150.000 pessoas com vontade de trabalhar. É vê-los nos cafés com o 24 Horas na mão a angariar gente para ir jogar às damas ou trocarem histórias de como enganam o Governo como se tivessem a trocar cromos, obviamente uns mais valiosos que outros. Já ninguém liga à subida de preço dos combustiveis porque já não têm de ir trabalhar de carro.. A ida para o café, para o jardim ou até, num dia de loucura, ao centro de emprego faz-se bem a pé, mesmo que seja longe, porque o subsidio dado pelo Governo por se ser o cancro da sociedade já está praticamente gasto e o cupão de desconto do Continente ou do Pingo Doce é só para as sopas da Graciete. Entretanto o Governo recusa-se a começar a quimioterapia à sociedade. Outra coisa particularmente interessante é mesmo aqueles que trabalham estão nos mesmos cafés, jardins, etc.. Quando lhes pergunto o que fazem por ali, visto estarem em horário de trabalho, a resposta é célere: "Estamos de greve!!"
Como diria o outro.. VÃO MAS É TRABALHAR!
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